quinta-feira, 10 de abril de 2014

O Cavalinho e a Borboleta


Esta é a história de duas criaturas de Deus
que viviam numa floresta distante há
muitos anos atrás.
Eram elas, um cavalinho e uma borboleta.
A borboleta era livre,
Já o cavalinho, tinha grandes limitações,
A borboleta, no entanto,
Assim, todos os dias, ia visitá-lo e lá
Entre um e outro ela optava por esquecer
Sempre o cavalinho insistia com a borboleta
Os anos se passaram e numa manhã de verão
E vieram outras manhãs e mais outras
Caminhou por toda a floresta a observar
Cansado se deitou embaixo de uma árvore.
-Eu sou o cavalinho do cabresto e estou a
-Ah, é você então o famoso cavalinho?
-Famoso, eu?
-É que eu tive uma grande amiga que me
Mas afinal,
-É uma borboleta colorida, alegre,
-Nossa,
- Morreu? Como foi isso?
-Dizem que ela conhecia, aqui na floresta,
Insistíamos muito para saber quem era o autor
Nesse momento o cavalinho já estava derramando
- Não chore meu amigo,
-E ela não mandou me chamar nos seus últimos dias?
-Não, todos os animais da floresta quiseram
"Não perturbem meu amigo com coisas pequenas,
*Você pode até aceitar os coices que lhe derem
pode não ser coincidência. 
Na verdade,
não tinham praticamente nada em comum,
mas em certo momento de suas vidas se
aproximaram e criaram um elo.
voava por todos os cantos da floresta
enfeitando a paisagem.
não era bicho solto que pudesse viver
entregue à natureza.
Nele, certa vez,
foi colocado um cabresto por alguém
que visitou a floresta e a partir daí sua
liberdade foi cerceada.
embora tivesse a amizade de muitos
outros animais e a liberdade de voar
por toda a floresta,
gostava de fazer companhia ao cavalinho,
agradava-lhe ficar ao seu lado e não era por pena,
era por companheirismo, afeição,
dedicação e carinho.
chegando levava sempre um coice,
depois então um sorriso.
o coice e guardar dentro do seu coração o sorriso.
que lhe ajudasse a carregar o seu cabresto
por causa do seu enorme peso.
Ela, muito carinhosamente,
tentava de todas as formas ajudá-lo,
mas isso nem sempre era possível por ser
ela uma criaturinha tão frágil.
a borboleta não apareceu para
visitar o seu companheiro.
Ele nem percebeu,
preocupado que ainda estava em se
livrar do cabresto.
e milhares de outras,
até que chegou o inverno e o cavalinho
sentiu-se só e finalmente percebeu a
ausência da borboleta.
Resolveu então sair do seu canto e procurar por ela.
cada cantinho onde ela poderia ter se
escondido e não a encontrou.
Logo em seguida um elefante se aproximou e lhe perguntou quem era ele e o que fazia por ali.
procura de uma borboleta que sumiu.
disse que também era sua amiga e falava
muito bem de você.
qual borboleta que você está procurando?
que sobrevoa a floresta todos os dias visitando
todos os animais amigos.
mas era justamente dela que eu estava falando.
Não ficou sabendo?
Ela morreu e já faz muito tempo.
um cavalinho,
assim como você e todos os dias quando
ela ia visitá-lo,
ele dava-lhe um coice.
Ela sempre voltava com marcas horríveis e todos perguntavam a ela quem havia feito aquilo,
mas ela jamais contou a ninguém.
daquela malvadeza e ela respondia que só ia
falar das visitas boas que tinha feito naquela
manhã e era aí que ela falava com a
maior alegria de você.
muitas lágrimas de tristeza e de arrependimento.
sei o quanto você deve estar sofrendo.
Ela sempre me disse que você era um grande amigo,
mas entenda,
foram tantos os coices que ela recebeu
desse outro cavalinho,
que ela acabou perdendo as asinhas,
depois ficou muito doente,
triste e sucumbiu e morreu.
lhe avisar, mas ela disse o seguinte:
ele tem um grande problema que eu nunca
pude ajudá-lo a resolver.
Carrega no seu dorso um cabresto,
então será cansativo demais pra ele vir até aqui."

quando eles vierem acompanhados de beijos,
mas em algum momento da sua vida,
as feridas que eles vão lhe causar,
não serão mais possíveis de serem cicatrizadas.
Quanto ao cabresto que você tiver que carregar
durante a sua existência,
não culpe ninguém por isso,
afinal muitas vezes,
foi você mesmo que o colocou no seu dorso.

OBS: Qualquer semelhança com seres humanos que você conheça,

Autora: Silvana Duboc


segunda-feira, 7 de abril de 2014

Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas...???


17/03/2014 – Terça-Feira

Então eu resolvi colocar um fim nessa história para começar uma nova etapa da minha vida com minha filha, sem viver esse inferno. 

A tentativa de mudança tbm trás sofrimento pela aceitação... O desapego. 
E em matéria de mudanças eu sou péssima pois vivo tentando resisti-la.  
Fico lá e aqui, ao mesmo tempo que não quero eu falo com ele, não dou as costas, até porque parece um peso a responsabilidade da vida dele em mim.

Nessa madrugada não conseguia mais parar de chorar. Parecia não ter fim.

Entrei em crise depois que ele me ligou me dizendo que não iria conseguir se levantar sozinho (oq eu já sabia, mas queria acreditar o contrário), que tinha saudades da nossa filha e queria ter sua família de volta, que ele conseguiu estragar tudo em um dia,
que a droga sempre acaba por o vencer, que era deprimente chegar em uma casa vazia, não encontrar ninguém e ficava arrasado acabando por usar novamente como fuga. Disse tbm que iria procurar um internamento, que ele pretendia ficar lá por um bom tempo e depois da alta continuar como voluntário, que faria curso para tratamento de dep. químicos e desistiria da sua carreira na mecatrônica, se fosse para se manter limpo, afastado das drogas.

Fui fria e severa. 
Quando eu falo com ele tento não demonstrar minha dor, até pq minha raiva acaba se sobressaindo. Tento passar força para que se erga. Eu disse que não acreditava que ele pudesse sentir saudades e que nos amava, pq se fosse, iria correr atrás do prejuízo e não se entregaria. Chegou a hora de PROVAR que pode, que nos ama de verdade. 

As atitudes valem mais que palavras. Cansei de promessas. 

Falei para levantar a cabeça e então que procurasse ajuda, se internar, que eu não podia escolher por ele, mas que fosse forte, se não por ele mesmo, pela sua filha, pois ainda é o pai dela e sempre será. Disse que sentia por ela ter um pai como ele é. Pq ela o ama e não entende. Ela pergunta por ele todos os dias, fica procurando pela casa.
Ela não merecia!

Na verdade, eu sei q é realmente muito difícil essa fase de abstinência e a vontade de usar droga é maior que tudo e que nessas condições ele precisa mesmo de um acompanhamento médico, especializado, para sair desse ciclo. Ao mesmo tempo não entendo como alguém pode abrir mão do conforto, da família, da vida por drogas...

20/03/2014
Hoje faz 6 dias que ele recaiu e como sempre é quando menos se espera, pois depois que ele saiu da clinica, onde esteve internado por 45 dias, ficou mais 48 limpo em casa, estava tudo indo maravilhosamente bem. Eu me mudei recebi ele na nossa nova casa ele arrumou um emprego fazia 2 semanas, me ajudava nos afazeres domésticos e com a bebê. Tinha planos de voltar a estudar no próximo semestre, e, de vez em quando lembrávamos da maldita e do sofrimento que ela trazia.

Por esses dias eu falei para ele que era um milagre que estivesse ali, tão bem. Não conseguia acreditar que meses atrás estava usando drogas. Parecia tão longe...

Ele respondeu: 

"Drogas nunca mais, agora é correr atrás do prejuízo, já perdi muito tempo nessa ilusão, já estou com 28 anos e não tenho nada na vida por causa disso. Quero estudar, dar melhores condições para vocês. Eu já devia ter um carro bom, ter terminado a faculdade mas as drogas me impediram disso. Fico frustrado quando lembro como me prejudiquei, não consigo acreditar como pude me deixar levar ao ponto de trocar minhas próprias roupas. Graças a Deus eu tenho vocês, se não poderia ter morrido nessa já."

Ele me dizia isso totalmente arrependido, via nos olhos dele a vontade que tinha de conseguir vencer e levar uma vida normal.

O mais difícil é acreditar que alguém que fala isso, que passou 45 dias fechado sem nem poder ligar, recebendo visita somente de 14 em 14 dias,  que sofreu de saudade, sofreu por perder todos seus pertences a troco de nada, pq que depois do prazer que ela proporciona vem a depressão profunda e o vazio.

Ao contrário do que se pensa, é a DROGA que usa a pessoa, depois que vicia, ela vem o USA e depois deixa aos trapos.

Alguém que fala tudo isso em plena consciência e volta a usar droga?

É complicado, pq eu sei que ele não queria mesmo, o que ele disse é de fato, verdadeiro, mas ao mesmo tempo a fraqueza o faz recair, a vontade de usar é maior que tudo.

Pela milésimaa vez eu acreditei que ele mudaria, que não voltaria lá, dei mais uma última chance de viver conosco numa boa, mas foi desperdiçada.

Para mim chega! Não aguento mais sofrer, não quero que minha filha passe por isso, que um dia ela entenda e sofra junto comigo ,ainda mais. 
Ele fumou todo nosso dinheiro e eu estou quebrada por causa disso, tive que pedir emprestado para meus pais, para poder comer e me manter até o meu próximo pagamento.

Não tenho culpa se ele um dia teve a idéia imbecil de usar drogas, agora não tenho que sofrer consequências disso a vida inteira do lado dele. 

Eu fiz tudo que eu podia fazer, busquei internamento, tentei conscientiza-lo, pensei que morando junto, tendo um filho, iria adiantar, mas não. Isso já fazem 8 anos:

recai-sofre-interna-melhora-recai-

O problema é que eu me sinto responsável por ele, parece que tem um peso nas minhas costas, pq eu sei q só eu poderia impedi-lo, eu que o erguia sempre. Evitar que se afundasse de vez. Pq sempre que nos separamos, ai sim que ele se entrega de vez.  

Sozinho eu penso que não seja impossível, mas quase. Vai depender da disciplina e força de vontade dele. Não mais de mim!

Me sinto mal pq sei que ele está mal, que não tem o que comer, não tem mais ninguém, está sofrendo, todo arrebentado, se entregando... Se soubesse que ficaria bem, ou se tivesse pelo menos uma mãe que o ajudasse, eu me sentira melhor.

Sinto saudades, de qdo estávamos bem, da presença dele no dia-a-dia, me sinto sozinha no apartamento. Toda vez que eu chego do trabalho sei que não vou o encontrar me dá uma tristeza imensa, a nossa filha pergunta por ele sempre que chegamos em casa. Não pretendo voltar pq tenho medo, mas sinto mta pena dele.



sexta-feira, 4 de abril de 2014

FAIL... FAIL!



14/03/2014 - Sexta-Feira

A recaída

Sempre quando se menos espera ... 93 dias limpos, isso é 3 meses!

Vida nova, casa nova, emprego novo. Renovada as esperanças!

Até que um belo dia.. Tudo vai por água a baixo.


Era sexta-feira, sai para trabalhar cedinho com a bebê e na hora do almoço liguei para ele, estava tudo bem, disse q tinha almoçado e eu lembrei dos nossos compromissos no final de semana, tinha aniversários, chá-de-bebê, almoço na mãe, seria bem apurado, mas bem legal. 
SERIA...

 Ao chegar em casa, depois do trabalho, fui até o quarto e encontrei um chinelo do tipo havaianas (estranho), na hora me bateu uma insegurança, pois ele sempre trocava os tênis Nike/Adidas por havaianas para usar drogas.


                  Nota I: No começo do mês, eu recebi meu salario, pela insistência dele comprei roupa e um tênis caro porque, segundo ele, queria “repor o que tinha perdido com as drogas”. Mas disse que quando recebesse iria me devolver a quantia. Pois bem, quando recebeu, uma semana depois de mim, disse q não iria depositar o dinheiro na minha conta, como tínhamos combinado ( dinheiro e cartão só ficavam comigo como precaução), disse q preferia deixar em casa, em cima do guarda-roupas, não gostei muito da idéia, mas como desde q nos mudamos para o apartamento, só eu tenho a chave, não via problema pq ele saia para trabalhar antes de mim e chegava só depois.


Sem nem pensar direito, olhei em cima do guarda roupas e o que mais temia, o dinheiro não estava lá. Nosso apartamento tem grades pensei como teria entrado, até que fui ao BWC e encontrei tudo jogado no chão pq ele tinha entrado pela ventarola. Isso mesmo, uma pequena janela sem grades que tem no BWC.

Perdi meu chão.

Não acreditava, cai em desespero.

Minha filha me via chorar e vinha ficar ao meu lado para me agradar, sem saber o que estava acontecendo, ela perguntava “papai?”

É.. Infelizmente tinha acontecido novamente.

Decidi que ele iria embora e comecei a arrumar suas coisas para despeja-lo. Ele iria voltar a casa antiga. Não queria mais ter que passar por isso!


                   Nota II: Não voltamos a falar com minha sogra, me mudei sem q ela soubesse. Não suportava mais os conflitos e os surtos dela. Da penúltima vez que fomos lá para pegarmos algumas coisas que ficaram, depois que ele saiu da clinica. Ela tinha posto um cadeado no portão da frente, batemos e pedimos para entrar, ela abriu, mas como sempre começou a discutir e falar que tudo aquilo que eu estava cansada de ouvir. Insultos e ameaças. Porém, o que me deixou surpresa é que na última vez o Gui esteve lá sozinho para vender um balcão que tinha ficado para trás, ela o recebeu com um abraço (FALSA) e disse que queria que levasse a nossa filha para tomar um café na casa dela, mas só ele e ela, ou seja, me excluindo. Quando eu soube disso fiquei perplexa!!


Eram umas 23:30 quando ele retornou em casa, não para dar satisfações nem para ficar, mas para pegar mais coisas e trocar em drogas! Ele não estava em sua sã consciência, mal conseguia falar comigo, eu ainda insisti para que ficasse, mas não adiantou! Disse que já tinha feito a escolha dele, que não era para eu interferir e que estava tudo acabado entre nós!!!

Ás 4:00 ele voltou novamente, bateu na porta, nessas horas já havia gastado tudo que tinha e o efeito tinha passado, veio o arrependimento. Como moro em condomínio para não fazer barulho eu logo abri a porta e mandei q ficasse na sala, que de manhã iria embora.

De manhã, qdo acordei achei que tinha sido um pesadelo, mas não!!

Ele começou a dizer que estava muito arrependido e que não acreditava que tinha feito isso. Chorava e dizia que estava indo tudo tão bem, que ele iria sentir muita falta de nós, de acordar ao nosso lado e de conviver com nossa filha. Ele tirou ela do berço e ficou com ela como se tivesse se despedindo. Disse que eu não merecia isso e mto menos ela. Que ele era desprezível e que deveria ir embora mesmo. Me pediu uma TV pequena que ficava no quarto, pq eu já avisei q de lá não iria tirar nada, uma vez que tudo que tinha lá eu tinha comprado e o pouco que ele colaborou mal dava para pagar a divida que tinha comigo. Além do que poderia trocar em drogas. Então deixei q levasse somente a TV e suas roupas.

                                                                xxxxx

Ao chegar na casa antiga não encontramos com a mãe dele, ela tinha trocado o segredo da fechadura do portão e não conseguimos entrar para deixar as coisas. Eu o deixei lá, ele estava completamente arrasado e triste. Fui para casa da minha mãe cuidar e alimentar a bebê, depois levei um prato de comida para que ele almoçasse e um colchão. Lá não tem fogão, nem geladeira por enquanto. A casa está vazia. 

Voltei lá, para ele se sentir seguro e ficar um pouco com nossa filha. Fui na vizinha, tia dele, pedi para ligar para minha sogra e avisar que ele estava ali esperando ela chegar para poder entrar e tbm explicar a situação. Quando ela atendeu eu disse q fiz tudo que eu podia fazer por ele, mas que ele tinha recaído novamente e eu não estava mais disposta a sofrer. Avisei que tinha se separado, que ele voltaria a morar na nossa antiga casa (que fica no terreno dela). Ela ficou furiosa e rebateu dizendo que não queria ele lá, que era para eu leva-lo embora, que ela nem voltaria para casa se ele estivesse lá e iria chamar a policia!!!! 
Detalhe: Ele não precisa de autorização para entrar uma vez que o terreno é herança de seu pai e nossa casa fora construída por nós!

Foi isso que aconteceu, qdo ela chegou foi direto na casa da irmã (vizinha) ele foi ao seu encontro e ela gritava com ele para que calasse a boca e fosse embora, que ela não queria ele ali. Chamou a policia... E o que a policia ordenou?

“Abra o portão para seu filho e o deixe entrar. Você tem sua casa e ele a dele, ele não está fazendo nada de mais e nem cometendo nenhum crime contra a sra.”

Engraçado.. Uma mãe falar isso sem nem se quer conversar com ele.  Cadê a mãe que deu um abraço e o chamou para um café naquele dia??

           Sinto pena dele, mas ele tem que sofrer as consequências. E elas são duras, já deveria             saber. Não foi por falta de aviso, toda vez eu lembrava a desgraça que a droga traz na               vida dele e de qualquer um, que se acontecesse de novo ele ficaria sozinho, que era                 para dar valor por estar ali no nosso lar, para valorizar as pessoas que convivem com               ele e os momentos rotineiros e agradáveis que temos em família, que não seriam                       possíveis com as drogas!