Isso me sufoca, me prende, me impede de ter vida própria. Já não sei mais o que é liberdade, confiança! Não sei mais do que eu gosto de fazer. Sinto saudades de quando podia ir e vir sem me preocupar com ninguém. Estou angustiada, por dentro grito, ás vezes eu acho que vou enlouquecer...
Isso se chama CO-DEPENDENCIA! Sim.
Quero um dia poder confiar nele novamente, me sentir segura, vê-lo feliz. Meu único pedido é que ele fique longe das drogas para que possamos viver em paz, em harmonia. Construir nosso lar, nossa família e ter tempo e dedicação para nossa filha que está chegando.
Será que isso vai ser possível?
Encontrei um artigo bem interessante que fala sobre o amor doentio e o amor-próprio, mto bom para refletir! Vale à pena ler:
“O sentimento que leva alguém a considerar a pessoa amada como um meio para obter a própria felicidade é o amor-apego. O amor verdadeiro é aquele que liberta. O amor-apego tolhe e restringe a liberdade da pessoa amada. Quem ama de verdade sente alegria em dedicar-se à pessoa amada e não em fazer com que ela lhe sirva para atender às suas vontades. Devemos proporcionar à pessoa amada a liberdade de agir. Certa senhora, por quem tenho grande respeito, disse: “Eu amo meu filho, e por isso mesmo jamais penso em moldá-lo segundo a minha preferência. As mães, que amam os filhos, querem criá-los de acordo com as próprias preferências. Após lutar durante muito tempo contra essa tentação, finalmente alcancei o estado espiritual de desprendimento e tornei-me capaz de deixar meu filho seguir livremente o próprio rumo, da mesma forma que uma pessoa que solta a pipa, ao sentir que ela está puxando, dá-lhe mais linha para poder subir mais. Quando passei a agir desse modo, meu filho deixou de ser rebelde e se reconciliou comigo”.
Toda situação negativa ocorre como reação aos tolhimentos, às restrições. Esta vida, em seu aspecto natural, é perfeita. A superfície da água é plana enquanto não sopra o vento. As águas se encrespam quando o vento exerce ação sobre elas. Se você ama alguém, não tente moldá-lo e fazê-lo agir conforme a sua vontade. Deixe-o seguir o próprio caminho, da forma que ele quiser. Proporcione-lhe a verdadeira liberdade. Talvez ele tropece algumas vezes no começo, mas aprenderá com tentativas. E logo terminará o período de aprendizagem. Quando isso acontecer, com certeza você descobrirá que ele se tornou um grande colaborador seu e constatará que ele o ajuda de boa vontade no seu trabalho, aplicando o método que ele escolheu, e faz isso de modo mais perfeito do que você havia planejado.
Aquele a quem você proporciona a liberdade retorna espontaneamente e passa a ser um verdadeiro amigo e colaborador. Quando você nada exige do outro e lhe proporciona a liberdade para buscar a própria felicidade, ele consegue o auto-aperfeiçoamento, volta para junto de você e nunca mais se afastará. Nesse caso, você nada exigiu dele. O amor deve ser doação ilimitada. O “amor que exige” é imitação de amor, não é o amor verdadeiro. Da imitação de amor não é possível obter amigos verdadeiros. Somente o amor verdadeiro traz amigos verdadeiros.”
Do livro Kōfuku Seikatsuron (ainda não editado em português; tít. prov.: Teoria sobre a Vida Feliz), pp. 23- 25
Excelente texto, é bem isso mesmo, esse amor-apego foi muito bem retratado nesse texto.
ResponderExcluirQuanto a você, por favor, não permita que a Co faça com que você abandone você mesma, por vc, e por sua família! Beijos
Faço minhas as palavras da nossa companheira, Giulliana.
ResponderExcluirEu me vi na sua descrição antes do texto... era exatamente o que eu sentia quando eu o deixava por poucos minutos ou poucas horas, quando tinha que fazer alguma coisa longe dele. O pensamento, o medo dele usar não me abandonava por nem um segundo sequer, e de que adiantou? De nada... É triste. É frustrante pensar que não conseguimos.
Sabe, Francielle, no fundo eu sinto que minha história com ele ainda não acabou. Se for verdade a informação que obtive hoje, de que a mãe dele o interditou legalmente (por ser maior de idade) e o internou à força, talvez, se quando ele voltar se mostrar decidido, de verdade, à se recuperar, talvez eu dê mais uma chance pra nós dois.
Eu o amo tanto que chega a doer por dentro. Já me separei dele várias vezes e voltei, mas dessa vez fui firme e nem o celular eu deixo ligado há meses, pra mostrar a ele que vai me perder mesmo se não mudar de vida.
Estou torcendo pra essa noticia ser verdadeira, porque ai vou tentar sair dessa fossa em que caí e tratar a minha codependencia. Quem sabe ainda poderemos ter uma chance?!...
Estou orando por vc e pelo seu marido... e pela nova vida que chegará em sua família.
Conte comigo sempre!
Abraços,
Maya